Apesar de o tempo ser já de campanha eleitoral nos EUA, mesmo assim impressiona o modo como as pessoas se mobilizam, escrevem e protestam. Esta é para mim a questão central, embora a temática mobilizadora também seja interessante.Poderia simplesmente fazer uma tradução sintetizada do texto infra e, com um pouco de sal e pimenta ficava o comentário feito. Mas as coisas sabem realmente melhor quando se saboreiam também com os olhos. Por isso achei melhor fazer o «cut»; e cá vai:
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«A recent New York Times article examined a number of decisions by Senator John McCain that raised questions about his judgment over potential conflicts of interest. The article included reporting on Mr. McCain’s relationship with a female lobbyist whose clients often had business before the Senate committee led by Mr. McCain. Since publication of the article, The Times has received more than 2,000 comments, many of them criticizing the handling of the article. More than 4,000 questions have been sent via e-mail to The Times on Thursday night and Friday. Editors and reporters who worked on the article are answering some of the questions on Friday.»
2 comentários:
O McCain vai ser o próximo presidente da América, e essa é que é essa. Claro que agora começa o velho ritual da política americana de começar a desenterrar todos os podres, reais e presuntivos, de todos os candidatos e até, à míngua de cadáveres substanciais (se for o caso), o da invenção de alguns esqueletos.
Quanto à Sr.ª Clinton, por exemplo, caso logre o milagre de passar a perna ao sr.Obama, vai-se começar a falar do célebre caso "Withe Water" e das trafulhices de Litle Rock, Arkansas, é em menos de nada.
Do Sr. Obama, prognosticável candidato democrata, não imagino o que se há-de falar, mas para já o staff da ex-primeira-dama andou a distribuir umas fotagrafias dele com turbante, e mais baixo do que isso é difícil de imaginar...
Descontando estes folclores, a mim o que ainda causa mais estranheza é o facto de uma certa esquerda europeia confundir os seus desejos (e vá-se lá saber porque os têm assim...) com a realidade política norte americana. Por mim, aposto que o presidente vai ser o McCain e, se não for, é o Obama - a Sr.ª Clinton já era, mas poede sere que me engane, e até era melhor que conseguisse passar a perna ao Obama, caso em que, como é evidente mas a dita esquerda europeia faz que não vê, a mobilização mais anti-clinton que pró-mccain será maciça.
E digo mais: se não houvesse outras razões (e há, e são inumeráveis e fortíssimas), o McCain é melhor que os outros por uma simples razão - basta olhar para a cara dele, para o modo como fala, e percebe-se logo que ao contrário dos outros parece uma pessoa, daquelas que leva o cão a passear, joga no trocomilhões, vê a bola, tem dores de dentes, peida-se, ressona, bebe uma cervejola de quando em vez e, em suma, existe mesmo, na camada ontológica do real e como ser humano, em lugar de um emplastro inventado pela Young & Rubicam para fingir de dentista a aconselhar elixir da colgate.
Essa é que é essa.
Kzar
Penso que o Obama e a senhora Clinton tb. se peidarão, calhando.
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