Cícero, denunciando Catilina no Senado

Cícero, denunciando Catilina no Senado

09 maio, 2007

Continua...

A canalha infame, a tropa de choque das hordas tirânicas do esquerdalho, ainda não está satisfeita. Prossegue, pelas cidades francesas, incendiando automóveis, partindo montras e causando desacatos de toda a espécie. Contra o fassismo. Como já disse, entre esses bandos pululam adeptos do democratíssimo PSF - já não escondem, já não se limitam a deixar o trabalho "sujo" às habituais cambadas de "okupas" e "no globals" em geral. Não, agora, alguns deles lançam as próprias mãos à obra, esquecendo o decoro de quem gosta de se apresentar como puríssima vestal da democracia.
As figuras de proa, essas, mantêm a sua atitude de benevolente displicência, deixando transparecer a verdadeira avaliação que fazem da coisa: a rapaziada dos calhaus e cocktails molotov até tem razão, afinal eles são "dos nossos"...
Assim, um senhor que parece ser o líder da seita do PSF, veio à télévisão "apelar" ao fim da violência (não terá encontrado um eufemismo qualquer!?), dizendo, entre outras pérolas, que tais hordas melhor farão em dentro de um mês virarem a sua "ira" contra o Sr. Sarkozy nas urnas, votando no PS para as legislativas, pois claro, que isso sim causará problemas ao malandro da direita, cuja ignóbil agenda é beneficiada com a dita violência. Ele lá sabe a quem pertencem esses bandos e o quê ou quem os move.
Entre nós, continua a causar um misto de repugnância e riso a forma como a imprensa aborda a questão. O emprego da retórica habitual, do "patofalar" que é a marca de água da "intelectualidade" de esquerda, não cede um milímetro. Ontem, no noticiário das 20.00h, na RTP1, os bandos de canalhas eram referidos como "grupos de jovens contestatários que não se conformam com a vitória de Sarkozy". Com o emprego frequente do termo "jovens" (uma coisa sempre boa e santa, como se sabe), o apresentadeiro de serviço lá encontrou tempo de explicar que na opinião de tais criaturas o Sr. Sarkozy podia ter ganho as eleições, mas continuaria a ter a oposição de uma grande parte da França.
Não se conformam!? Não duvido... A única arma contra esta comandita é a inteligência, mas é cada vez mais rara.

11 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo tudinho, excepto essa coisa de a única arma ser a inteligência. Porrada e pancada democrática e equitativamente distribuída é que é a única arma contra essa trupe.

Anónimo disse...

Nem mais! Canalhas são canalhas e ponto final.

A França está profundamente dividida. Os efeitos eleitorais dos actos hediondos desta canalhada são um imponderável...

Sarkozy cometeu um erro ao nomear Fillon para PM. Deveria ter nomeado Michèlle Alliot-Marie (como muitos pensavam) , dama de ferro, para estabelecer uma "ponte" cognitiva entre os desacatos da canalhada exuberante e a necessidade de lei e ordem...ela, com a sua personalidade forte e inteligência sagaz (é uma Senhora brilhante) seria o "merlin" perfeito para lidar com estes, e outros, problemas.

Além disso, a aura de uma autoridade "maternal" forte é muito eficaz ( imponderável, mais uma vez) ...não sei porquê (Freud??)..mas parece ser um truísmo da história política...

Kzar, o vento também está forte aí para os teus lados! Por falar nisso, vou dar uma vista de olhos aqui. A coisa está renhida.

http://www.americascup.com/en/

abraço,

Anónimo disse...

O emprego da inteligência é que leva à conclusão, inevitábvel, da correcção da bordoada e da cadeia para semelhantes protozoários.

Kzar

Anónimo disse...

VA:
Também vou ver!

Kzar

Anónimo disse...

VA:
Também vou ver!

Kzar

Anónimo disse...

ai estes Kiwis!!

Eles merecem...são do melhor que há! (como povo e como marinheiros)...grandes sacaninhas! :)

Anónimo disse...

Por uma vez, tenho que reconhecer um mérito ao Sr. Jorge Coelho. Ontem, na Quadratura do Círculo, manifestou claramente a opinião de que aquela rapaziada dos distúrbios em França tem de ser posta na ordem à marretada, com pouca conversa e mais nada. Fica-lhe bem.

Kzar

Anónimo disse...

"rapaziada dos distúrbios (...)posta na ordem à marretada"? Joder!

Anónimo disse...

Bom, as palavras não foram essas... Não usei aspas.
Mas a ideia estava lá, e a minha 'tradução' é fiel.

Kzar

Anónimo disse...

Pois, Kzar...isto há as más generalizações (a dos soldados americanos) e as boas generalizações (a esquerda, ou os "esquerdalhos") ;)

catão

Anónimo disse...

Não há generalizações boas e más; há generalizações possíveis ou impossíveis (segundo o critério do acerto, sempre relativo) e, no limite, certas ou erradas, facilitadoras de compreensão e esclarecimento, ou geradoras de confusão e obscurecimento.
Exemplifico:
Podemos facilmente generalizar o potencial destrutivo e mesmo maléfico dos soldados em tempo de guerra e assumir que é comum, geral, de quaisquer soldados, de quaisquer países. Generalizar é, aqui, um acto de bom senso elementar, revelador de uma inteligência que compreendeu o homem e o mundo. Particularizar, isto é, razoar por exemplo que aquelas características são próprias dos soldados americanos, é um acto de pura idiotia, asserção que me dispenso de esclarecer.
Porém, quando falamos de coisas mais gerais, como o posicionamento ideológico, político e social das pessoas, de grandes massas de pessoas, generalizar é de novo um instrumento indispensável da razão. Sem um exercício de generalização, não pode falar-se sequer de "esquerda" ou "direita", a comunicação é impossível.
Ora, e em minha opinião, ser de "esquerda", isto é, reunir um conjunto de traços concretos que corresponda à generalização "esquerda" (que é comummente aceite) é um sinal de mau funcionamento do cérebro ou de má índole. Não ignoro que esquerdistas há que são pessoas as mais estimáveis. Mas quando falo da "esquerda" e da "direita" (onde pontificam também facínoras de variada espécie) generalizo necessariamente e refiro-me por isso aos atributos gerais.
Não há, repito, generalizações boas e más. As generalizações são necessárias. Cada um faz as que lhe ditam a inteligência e opções as mais diversas, de ordem designadamente política, cultural, ideológica, social, religiosa, o que se quiser. E cada um as faz com o acero que pode ou quer, cada um optando pelos seus próprios maniqueísmos - que reconhece ou não.

Kzar