Tou lá caído, como sempre, mesmo que dentro de pouco tempo não haja trutas. Com efeito, tanta alegria é ensombrada pelo facto de a horda de incompetentes que vai (des)governando a Região ainda não ter tido a paciência de resolver um pequeno problema de águas que está a prejudicar gravemente os viveiros das furnas e a pôr em risco o repovoamento. Somos assim. Temos o paraíso (e uma fonte de rendimentos potencialmente gigantesca) à mão, e damos-lhe com o pé. Malditos políticos. Mas amanhã não me lembro de nada disso - algumas trutinhas hão-de picar nas amostras deste amigo e pode ser que "O" tal bicho venha desta vez.
30 abril, 2007
Trutas!
Tou lá caído, como sempre, mesmo que dentro de pouco tempo não haja trutas. Com efeito, tanta alegria é ensombrada pelo facto de a horda de incompetentes que vai (des)governando a Região ainda não ter tido a paciência de resolver um pequeno problema de águas que está a prejudicar gravemente os viveiros das furnas e a pôr em risco o repovoamento. Somos assim. Temos o paraíso (e uma fonte de rendimentos potencialmente gigantesca) à mão, e damos-lhe com o pé. Malditos políticos. Mas amanhã não me lembro de nada disso - algumas trutinhas hão-de picar nas amostras deste amigo e pode ser que "O" tal bicho venha desta vez.
Como disse?

27 abril, 2007
Protocolos
por Velasquez

Aqui muito à puridade, que este blogue está fraco de leitores, declaro que também estou indignado com o protocolo de Estado (ver aqui) (e aqui). Protocolo que se preze reserva lugar adequado ao truão - sim, ao popular bobo da corte, essa medieva instituição que por largos séculos nunca faltou em palácio real que se respeitasse e que, com aggiornamentos de maior ou menor vulto, subsiste até aos nossos dias. Não há bicho careta governamental que não disponha do seu, em regra deambulando pelos antros de má nota que em Portugal se chamam eufemisticamente "redacções" e sempre pronto a ser atiçado contra quem não caia nas graças dos amos ou meramente lhes fira a majestática sensibilidade. O Sr. Dr. Prof. Engenheiro, nosso primeiro, por exemplo, entre os muitos que sempre servem tais Senhores, dispõe de dois exemplares de primeiríssima água: a sr.ª f., cujo desvelo pelo líder tem paralelo apenas no ódio vesgo às maiúsculas (que mal lhe terão feito, os pobre seres?) e pontifica no inenarrável dênê, sem glória, fácil ou difícil, e o Sr. Miguel, num pasquim blogosferático que responde por "câmara corporativa".Já os vejo, a esses psilitras da socrática falange, nas cerimónias e banquetes do Estado, em lugar que lhes compita, rentes aos tapetes, roendo alguma sobra dos pitéus destinados aos oficiantes e convivas, nos intervalos de lançarem as suas chufas aos adversários do chefe, neste causando potentíssimas risadas. Os muitos áulicos e sicofantas do Poder, porém, sombrios, vêm-lhes com melífluas artes de cortesão furtando os merecidos e devidos lugares; é só Senhoras de..., e etc. Quanto a mim, que não almejo honras de Estado e só tenho esta verdade seca e breve que me Nosso Senhor deu, protesto - com veemência! Lugares para f. e Miguel, rapidamente e em força!
Apreensões...


26 abril, 2007
Pitecantropos

18 abril, 2007
Oportuna lembrança de Camões
Idio(to)ssincrasias
Duck-O-sucker 17 abril, 2007
A saga do Sr. Engenheiro
12 abril, 2007
Palhaços

Ursinho Doutor por Stanford
11 abril, 2007
Fantoches

04 abril, 2007
O Cartaz: teologias...





Os Tigres - atrás de Borges
Ó incompetência! Nunca os meus sonhos sabem engendrar a apetecida fera. Aparece o tigre, isso sim, mas dissecado ou débil, ou com impuras variações de forma, ou de tamanho inadmissível, ou muito fugaz, ou parecido com um cão ou um pássaro.»

«O OUTRO TIGRE
And the craft that createth a semblance
Morris: Sigurd The Volsung (1876) 
Penso num tigre. A penumbra exalta
E parece afastar as prateleiras;
Mares e os desertos do planeta;
Desta casa de um remoto porto
Da América do Sul, te sigo e sonho,
Ó tigre que és das margens do Ganges.
Escorre a tarde da minha alma e penso
Que o tigre vocativo do meu verso
É um tigre de símbolos e sombras,
Uma série de tropos literários
E de memórias da enciclopédia
E não o tigre fatal, a aziaga jóia
Que, sob o Sol ou a diversa Lua,
Vai cumprindo em Sumatra ou em Bengala
Sua rotina de amor, de ócio e de morte.
Ao tigre dos símbolos eu opus
O verdadeiro, o de cálido sangue,
O que dizima a tribo dos búfalos
E hoje, 3 de Agosto de 59,
Alarga na planície pausada
Sombra, mas já o facto de o nomear
E de conjecturar sua circunstância
Fá-lo ficção da arte e não criatura
Vivente das que andam pela terra.
Terceiro tigre buscaremos. Este
Será como os outros uma forma
Do meu sonho, um sistema de palavras
Humanas e não o tigre vertebrado
Que mais além das mitologias
Pisa a terra. Bem o sei, mas algo
Me impõe esta aventura indefinida
Insensata e antiga e persevero
Em buscar pelo tempo desta tarde
O outro tigre, o que não está no verso.»
O Fazedor, 1960
03 abril, 2007
Ainda o cartaz









