Cícero, denunciando Catilina no Senado

Cícero, denunciando Catilina no Senado

01 março, 2008

Moral e bastonadas


Este intelectual é uma figura bizarra e até algo esquizóide. Diariamente (é uma espécie de pulsão obsessivo-compulsiva), em ritmo quase coreico, berra contra os juízes, que taxa de Torquemadas, mas esquece-se que Torquemadas nada poderiam, num sistema penal moderno, sem a passividade bovinóide de muitos defensores (quem conhece o destino dos condenados no âmbito da execução das penas abe bem do que falo). Depois, em bom estilo jacobino, clama por um sem número de incompatibilidades entre o exercício da advocacia e outras profissões ou cargos, mas parece nunca se ter lembrado que aquele nobre "munus" deveria ser incompatível, antes de mais, com a função de jornalista. Depois ainda, insurge-se contra o novo e efectivamente aberrante sistema de remuneração dos defensores, notório instrumento de funcionarização do advogado, mas não se dá conta, coitado, que um tal regime é em tudo próprio do estilo sans-cullote que é a marca de água as suas intervenções e em que, de modo intencional ou não, está a transformar a advocacia. Talvez com excepção do próprio, todos já se aperceberam da dimensão lilliputiana da autoridade moral do homem. Mesmo dentro da agremiação a que agora, por infelicidade dos agremiados, preside.

6 comentários:

Anónimo disse...

Por infelicidade o catano, foram os gajos que o escolheram, donde eu tiro que não hão-de ser muito melhores ou, até, que sejam um bocado piores. No mais, é claro que o ser em questão não faz o que faz de modo intencional; ou pelo menos não mais do que um equinoderme se arrasta pelo fundo a mamar pnacton e a cagar o faz de modo intencional. Fazer algo de modo intencional pressupõe um objectivo e a definição de um plano de acção para consegui-lo; e isso pressupõe um intelecto, uma razão; não se pode insinuar a existência de tais atributos em semelhante personagem. Ele fala como quem arrota - é um comando indomável das entranhas.

Anónimo disse...

Otra aí está.

Anónimo disse...

Apre Kzar não havia necessidade. ~
JNAS

Anónimo disse...

Kzar?
Quem é o Kzar?
Como é que podes provar que foi o Kzar?
Eu não vi Kzar nenhum.

Assinado: Kzar

Anónimo disse...

Como é que podes provar? É óbvio! É do cheiro!

Anónimo disse...

Sim. O comentário cheira a Kzar que tresanda. heheheh
Anastasia