Cícero, denunciando Catilina no Senado

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04 dezembro, 2007

O que ando a ler

Costumam os bloguistas escrever sobre os livros que estão a ler, o que já aconteceu, para não perdermos o carrinho, neste estaminé.
Por vezes é feito para dar a conhecer quem escreve no blogue, quais as suas amizades e inimizades, quais os seus interesse e os seus desamores.
Mas geralmente é feito por vaidade, por vontade de mostrar ou de dar a entender a sua inteligência e a sua cultura.
Ora, eu, que não devo nada nem a uma nem a outra (sou homem para nunca ficar a dever), também não resisto. Assim, e sem mais explicações, vou-vos dizer o que ando a ler.

Esta pequena biografia do Che qualquer coisa (agora esqueço-me do nome), de Jon Lee Anderson; pequena, enfim (800 páginas). Estou a gostar quanto mais não seja porque estou a conhecer assuntos que só vagamente e parcialmente conhecia. Tem alguns retratos dos barbudos, inclusive do biografado morto. Não gostando do ideal do Che e do ..., do outro (qual é o nome dele?), tenho de admitir que é duro um tipo ser assassinado e, depois, mostrado como prova da vitória. Isto passa-se todos os anos, em todos os regimes.





Outro livro é este sobre a história do snooker e do pool em geral.
Embora não seja estupidamente antigo, este jogo é bem velho, embora, claro, bem diferente do que hoje se joga. Terá começado, pelo menos, desde finais do séc. XVI (já com o nome billiards) e de então para cá tem vindo a conquistar. É um jogo (qualquer das suas modalidades) sereno, com apostadores mas sem hooligans, os árbitros são acatados (!) e, mesmo que verde, jogam por cima de um pano e não de uma relva mal amanhada.
Entre as diversas modalidades, destaco o snooker inglês. É um jogo de bastante habilidade, de paciência até se construir uma jogada boa e de um grau de dificuldade (até por causa das penalidades) bastante elevado.
Mas este é livro para se ir lendo e para ir vendo as fotografias.

Já que estou a ler o Che, estou a ler paralelamente a bigrafia do Fidel Castro (é este o nome que me faltava há pedaço!) de Tad Szulc. São 600 e tal páginas mas com um tipo de letra bem pequeno o que me atormenta a vista e me obriga a ler com muito mais atenção. Eles eram um para o outro e eu não sou para nenhum. Mas se um livro existe é para ser lido.
Enquanto o livro sobre o Che me dá uma imagem da sua vida até conhecer, no México, Fidel, este dá-me a imagem de Cuba ao longo da vida do biografado. Não me faz mal ficar a saber estas coisas.
Como disse, se um livro existe é para ser lido.

Por último, e para não maçar, estou a ler este livro que é daqueles que não é preciso ler de uma vez só e da primeira página até à última. Leio quando bem quero e o que quero.
É, talvez, dos livros mais completos que já li sobre os Beatles (e já li para cima de uns quantos). Mais do que uma biografia dos Beatles (como a de Allan Kozinn ou mesmo a de Hunter Davies), é um conjunto de depoimentos de pessoas que os conheceram de perto em certa altura das suas vidas. Contam coisas conhecidas e coisas curiosas ou emocionadas pela amizade. Astrid Kirchherr escreve no livro, por exemplo; fiquei a saber que existe um disco dos Beatles em que está lá fotografado um que não é Beatle (não! não é o Sgt. Pepper!), etc..

Enfim; não falo dos livros do meu trabalho porque são muitos chatos (muitas fotografias e desenhos e diagramas e essas coisas todas).
Já repararam que todos estes livros são em inglês?
Não sou inteligente nem culto mas sei ler inglês! Ou pensavam que não?

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